Quantos já se foram?
Não sei.
Não pude manifestar
meu pobre pensar
pois ninguém falou,
então não contei.
Mas ouço as histórias
daqueles que oram,
daqueles que não oram,
daqueles que riram
e daqueles que não riram.
Antagônicos
e cacofônicos,
percebo que não se importam.
Os que se importam
não tem mais tempo,
pois já se ocupam
do que se pode fazer.
Eu, por exemplo,
poemas invento
para dar-lhes o que ler.
É primordial espairecer
para que não enlouqueça.
Não que eu esqueça
das brigas,
mas amigos e amigas,
não nos resta muito
em tempo tão pouco,
assim como não restam as pessoas...
Quantos já se foram?
Não sei.
Até tenho receio em saber
e enlouquecer.
Mas não nego a necessidade.
Gostaria que não fosse
ninguém,
menos ainda
alguém
importante
para mim, para você.
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