segunda-feira, 6 de abril de 2020

Soneto do Risco

Sair pela porta vale o risco
de vir a trazer uma doença?
Seria, tal passeio, uma sentença:
não é só a mim a quem arrisco.

Exercitemos a consciência,
vejamos nossa humanidade,
valeria mesmo tanta insistência
em voltar a velha realidade?

Tudo mudou de uma hora à outra,
nada volta a ser tal antes era.
É tolice crer nessa fantasia.

É melhor aguardar. Vai que encontra,
na sua saída, algo à sua espera...
...pode ser algo que lhe contagia.

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