terça-feira, 8 de março de 2016

Gatuna

Espécie noturna,
de hábitos felinos,
seu arroubos
furtivos
me roubam
a razão
dos sentidos
já mínimos.
Com garras e dentes,
me corta
a garganta,
morde
pescoço,
me marca
o peito,
me rasga
até todo sangue escorrer.

Morro por violência
e hemorragia.
E você assim
se delicia.

Roubando minha vida
na calada da noite
...ninguém escuta
minha morte.

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