sábado, 31 de dezembro de 2011

O que você vai fazer essa noite?

Com essa chuva lá fora,
a preguiça me atiça
a ficar com você na cama.
Assistir filmes, comer doce
enquanto você me ama.

Com essa chuva lá fora,
a gente se enamora,
se beija e eu te amo.
Depois que você descança,
para outra te chamo.

Tchau 2011, Feliz 2012!!!

Acabou 2011 e começa 2012, e o futuro? É dose... Uma lordose também, é a metamorfose humana, velhice insana e fodidamente cruel, a cerva não é mais mel, mas sim um fel, ainda saboroso, mas ainda assim, perigoso. Enfim, acredita que fui muito cabeça dura esse ano? Falei palavras de cunho profano, foda... Mas é camelando que vamos sustentando nosso corpo nesse maldito inconforto. Nesse país mil, pátria amada Brasil, graças aos céus. Sabe como é, adoro o clima inferno tropical. Calma, calma, também temos inverno. É o calor, o amor, combinam, e até rimam bem, só sabe quem tem, é do só ser humano. E sempre tem essa chuva de fim de ano, é para lavar a alma e jogar fora tudo que é desaforo, daqueles completamente desnecessários, e perfeitamente fora de horário, mas relevamos, conversamos e errei, não sozinho, mas eu sei, mea culpa, peço desculpas, vou tocando a vida, essa bronca será resolvida, um dia, uma semana, um ano, um dia. Vou prezar com calma pelo (m)seu futuro. Tive coisas boas, tudo no ouvido ressoa e por fim, ainda ecoa na minha imaginação, doce relação (obrigado, por isso me considero abençoado, te amo). Vi vários concertos, a maioria, fodas. Teve um certo que não valeu uma soda. E teve um dos meus favoritos, dois dias seguidos. Teve paz interior, teve amor, teve música para todo lado, nesse ano que já é passado! E terá no ano que vem, é algo que me faz bem. Eu quero que ano que vem sejamos todos felizes, nada de atores e atrizes, lavemos, falemos e comemoremos. Meu time volta para a Libertadores, sei que vou sofrer horrores, como sofri no Brasileirão cheio de emoção, tinha até Vascão! Vai Timão! Que o mundo esteja mais atento ao que faz a si mesmo, Que nós estejamos mais atentos ao que fazemos à nós mesmos. Não tenho inimigos, tenho meus amigos (e toda a família) e estamos no mesmo barco, eu sei, a viagem vai ser um saco, mas a vida é só essa, então façamos dela uma festa!!!


Cya next year! :)

See you later alligator
After 'while crocodile

Cinza

Cinza é a cor que permeia em minha vida;
é a cor de uma camiseta meio que fudida,
é a cor do pó que se acumula no mundo
dando noção de que tudo está imundo;
é a cor que, abrilhantada, vira a bela prata,
que a nossa atarefada vida não dá de graça;
é o que me faz lembrar que preto e branco
é cegueira que nos atingem com um tranco;
é a cor que cobre inteiro este computador,
é a cor do céu que anuncia chuva e horror.
Cinza é o ponto certo entre "bem" e "mal".
É a cor do meu estado de espírito atual.
Se espera que eu vá mudar o meu estado
Aconselho que espere, ali, bem sentado.
Cinza não é apática é nostalgia fantástica.
De todas as cores, é a cor mais prática.
Eu sou um morto-vivo sem sequer emoção,
sem um pingo de noção e sequer orientação.
Desprovido de raciocínio é razão.
Cansei desse sermão.
Que o cinza da indiferença não atinja você.

Chuva, uva e curva² - Haikai experimental 1

Maldita Chuva,
ela não quer me deixar
fazer a Curva.

Caroço da uva,
tão azedo que língua
fica até curva.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Clima Tedioso

Frio é o vento,
quente é o vento,
e a indecisão
desse clima
vem de supetão,
pisando em cima.

Veste a blusa,
tira a blusa,
como no sexo,
no entra e sai,
de um nexo
primal, vem e vai.

Abre o céu,
fecha o céu,
e eu me fecho
para me abrir
no desfecho
que virá a seguir.

Chegam as nuvens,
passam as nuvens,
e o tempo voa
enquanto descrevo,
um tanto à toa,
o que observo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ego efêmero

Normalmente não me manifesto sobre tal assunto,
pois é apenas uma pequena parte de um conjunto,
chamado por aí, pelo povo, de curso da vida,
onde a maioria de nós gosta de cultivar feridas.

Tudo o que nos foi dito sobre moral e princípios
são, na mais pura essência, variadas informações
ditas por vários meios e baseadas em opiniões
infindáveis que preenchem qualquer precipício.

A maneira como nos ensinam é até que superficial,
pois deixam com que a vida nos mostre, afinal,
esse aprendizado, onde relacionamentos e ética
são, junto do ego, as raízes dessa problemática.

Mas o ego é um fator que complica a equação,
ele desequilibra qualquer parte da frágil relação
entre as pessoas envolvidas. Ele quer ter a razão.
Quer vencer toda e qualquer tipo de discussão.

É até um grande erro achar que estamos certos,
a todo momento; não é uma atitude de "espertos".
A concepção do que é certo e errado no mundo
vem da nossa criação, não tem nada de profundo.

A única parte que consideramos é a nossa ética,
pois esta é essencial para a nossa sobrevivência,
assim como é primordial para a nossa convivência.
Assim como um poema, a vida tem uma métrica.

Pode ser regular, irregular, mas de que vale pensar
apenas no próprio umbigo, sem sequer aceitar
que existem opiniões e valores diferentes por aí?
O meu ego não é inflado, se não gosta, e daí?

Eu sei que cometo erros, procuro corrigi-los
ao longo dessa caminhada longa e, também, curta.
O poema não é sobre você e os grandes giros
do mundo ao seu redor. Sábio é quem escuta.

De falar, todo mundo possui plena capacidade,
mas para escutar, parece que leva uma eternidade
para aprender. Que o egocentrismo seja ameno.
E que possamos viver, sem problemas, pelo menos.

--

É apenas um sentimento, se ajudar alguém, fico feliz. Pelo menos serve para mim.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A sorte dele é nossa também.

Ele não está morto, enterrado, sepultado.
Não está, por sorte. Dessa vez fugiu da morte.
Apenas os braços estão imobilizados,
e sofreu alguns arranhões, nenhum corte.

Tentei falar com ele, mas não atendia,
dava caixa-postal e eu sequer sabia
do que lhe aconteceu no dia anterior.

Nos falamos um pouco antes do ato,
e podia ter sido a última vez de fato.
Agora está  lá deitado sentindo dor.

Embora o receio de que vá se matar
naquela motocicleta ainda permeia
os pensamentos de quem o rodeia,
temos fé de que ele vai se recuperar.

O óleo na pista... Para nunca esquecer
que por um segundo, é tão fácil morrer.

A sua sorte, ainda bem, é nossa também.
E poderemos, de novo, ter você conosco,
estampando sorrisos nos nossos rostos.
Coisa que só você faz, e mais ninguém.

--

Se recupere logo meu amigo, um dos poucos irmãos que tenho fora da família.
Se um dia ler esse poema, espero que entenda que você é importante para todos nós.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sem medida

Como alguém pode medir
se o sentimento é imensurável?

Psicólogos podem até insistir
que a ciência é certa e estável,

mas para os que vão partir,
não há o que seja provável.

Talvez a função seja só existir
e esquecer o que é impossível.

Não vejo como medir
algo que não é palpável.

When I Die

What should I expect?
Will I go to the heavens above
or straight down
to the hell below?

I dunno if I should reject
this old belief and put
inside the drawer,
among with things unknown.

Of all the ideas I have, I think,
most have the depth of a sink.
None of them are really useful
and I don't have a single clue
if there's an afterlife...
I can't solve this strife.

But why should I care?
Death comes to everyone,
and will show her deadly stare.
So, the deed is done.

If there's hell or heaven,
a purgatory and grieving,
it really doesn't matter.
I will no more suffer,
because live is a lot harder
than die. Death is easier.

When I die, don't mourn me.
Don't ask where I'm going,
just let me rest in my passing.
Dead, that's how I should be.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nós

São pontas amarradas em forma de nós.
Mesmo quando desatadas não estão sós,
são pontas da mesma corda solta após
alguém querer tirar da sacola, uma noz.

São dois animais de uma natureza feroz,
correndo longe do ambiente sujo e atroz
para onde possam se juntarem numa voz
e nus de leis possam se lavarem na foz.

Porque o amor é irracional e para vós
é um sentimento animal; é um albatroz
que voa acima da terra de nossos avós,
nessa liberdade que cabe somente a nós.

--

Feliz aniversário! Te amo! ;*

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Despedida de um velho delirante

Não é a hora que a água sobe e me afoga,
muito menos algo que possa sentir agora,
é tudo e nada,
é a criança que na água nada.

Até me perguntaram se estava exilado,
mas o que é minha casa está aqui dentro
e estou fadado
a seguir em frente, ao meu contento,
sendo que não sou mais um rebento
já faz um bom tempo.

Não tenho mais a mão que afaga
e já nadei pela água que me afoga,
sabendo que a vida é muito mais que pedras
ao longo dessa estrada cheia de trevas.

Então peço-lhe que me jogue
no esquecimento, me afogue
até eu conseguir ver um firmamento.

Se existir tal coisa, te reservo um lugar,
afinal, de que adianta ficar sem você
e não poder te dizer como sempre vou te amar?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Experiência humana

Já parou e olhou dentro de si que de tão profundo
pensou como nada do que você faz afeta o mundo?
O planeta não deixará de girar em seu próprio eixo,
por mais que cuidemos dele com grande desleixo.

Então que tal embarcar nessa nova viagem diferente,
onde eu e você somos parte de um grande ambiente
e todos os semelhantes sabem do seu novo papel
nas ondas cósmicas que nos invadem pela luz do céu.

Sentimentalismo e opiniões se tornam coisas banais,
então individualismo acaba por terra e seca em sais.
Portanto quem quer que sinta qualquer coisa de dor
eu simpatizo e por mais que não queira, sinto dó.

Mas já fui longe e voltei, e sei que se perder em si
é uma das coisas mais perigosas pela qual vivi.
Melhor perder-se no mundo grande em que vivo
do que deixar dominar-me por cada coisa que sinto.

Então nessa viagem me livro de opiniões e besteiras,
apenas vivo bem o que me resta à minha maneira.
Se não gosta e diz que não presta como ando e falo,
me desculpe, mas suas ideias vão direto para o ralo.

O que não importa nesse universo não me interessa.
Vou de acordo com o movimento estelar, sem pressa.
Se você quer ficar na sua pequena vidinha mundana,
boa sorte! Eu vou experimentar mais a vida humana.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Fim da nostalgia

Sentiu-se um tanto nostálgico
com os pensamentos voando
em vários momentos passados,
uns alegres e outros trágicos.

Na nostalgia que lhe acometeu,
pensou em diversas hipóteses,
que no presente são antíteses,
o passado passou, já morreu,

mas gostaria de poder reviver,
poder novamente ver acontecer
aquele dia perfeito com alguém,
aquela noite de verão também.

A nostalgia o deixou emotivo,
até brevemente insatisfeito,
mas o ser humano é suspeito,
é assim de tempos primitivos,

não está completamente feliz,
e a nostalgia vêm e lhe diz
que já foi melhor e contente,
bom, é hora de seguir em frente.

Sim, recordações são tocantes,
mas elas servem só em instantes
para termos alegria em lembrar,
nostalgia tem hora para acabar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Temperatura Inconstante

Onde o sol ilumina,
a sombra não fica.

O frescor da sombra
alivia o calor da luz
e o sol quente
alivia a sombra fria.

Pula de um a outro
numa inconstante
alegria.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dilema resolvido

Não crio dilemas,
eles já existem,
implicitamente.
Sei exatamente
que eles vivem
para os problemas,

e faço minha parte,
decido minhas ações
sem sequer comunicar
a quem interessar,
pois as emoções
são doces disparates.

Então quando pensa
que a mágoa é só sua,
tem toda razão.
Só que o perdão,
que passa pela rua,
é meu em presença.

Minha decisão é única:
não quero ver mais
nenhuma dessas pessoas.
Enquanto você voa
com o bando é demais,
mas o voo solo os machuca.

E quem amo se importa
com quem me fere,
se quer assim, paciência,
não quero essa penitência.
De mim não espere
nenhuma palavra torta.

Não estimo quem odeia
a pessoa que mais amo.
Meu dilema acabou.
Assim com eles ficou
o desprezo. E chamo
comigo quem e mim creia.

Se nem a pessoa que amo
levar isso em consideração,
alguém há de levar,
e se eu não achar
outra que leia meu coração,
irei só, em paz comigo mesmo.

--

O que realmente me importa nessa vida é estar em paz comigo mesmo, pois sei que só eu posso entender o que se passa comigo. Amores vêm e vão, amizades vêm e vão, familiares vêm e vão, mas eu nunca poderei escapar de mim.

Isso vale para qualquer pessoa.

Um soneto só, a pé e sem destino (solidão voluntária)

Quero andar por aí,
apenas andar e poder dizer
"Não estou nem aí!"
para quem perguntar o porquê.

Andar sem direção ou destino,
para ninguém me notar
e sequer me questionar
para onde diabos estou indo.

Onde todos querem se encontrar,
eu quero apenas me perder
e sair desse para outro caminho,

e se comigo alguém quiser andar,
não sentirei muito em lhe dizer
que prefiro caminhar sozinho.

Nada sobrevive

Estou emputecido,
decepcionado
e sem vontade de te olhar.
Como você se sentiria
se estivesse aqui,
no meu lugar?

Sempre fui de relevar,
mas só levei na cabeça.
Não vou ficar.
Talvez me esqueça
do que tive,
pois nada sobrevive.

Melhor assim.
Pelo menos nisso eu sei
que posso colocar um fim.

Adeus aos círculos viciosos

Não finjo apreço,
ou tenho, ou não tenho.

Se não gosto,
não me decepciono.

Se fere alguém que amo,
não me relaciono.

Há com quem eu faça as pazes,
há com quem eu tenha fases.
Mas quando não é nenhum caso
desses, simplesmente deixo ao acaso.
Não quero mais saber,
nem do mesmo círculo quero ser.
Círculos se tornam viciosos,
infectados, como quando um câncer atinge ossos.
É mortal, é fatal.

Nem quarentena resolve
quando a infecção não se dissolve.

Se é para manter laços que ferem,
prefiro desatar esses nós que nos prendem.

Cansado de tudo isso

Sentado,
esperando o tempo passar,
percebo que mais uma vez
me deixo levar
aonde só o ócio
consegue me arrastar,
aonde mora o ódio.

Qualquer coisa que sinto
traz a sensação de ser
apunhalado pelas costas
e dos infernos o quinto
me deixa esquecer
e não me dá respostas.

Eu não quero mais nada.
Apenas me isolar
por sei lá quanto tempo;
não quero pessoas nem ar,
nem histórias contadas.

Só meu ódio contemplo.

Não farei mais sala,
nem serei cordial.
Não serei amigo,
muito menos inimigo.
Serei só eu, e mais ninguém
poderá me roubar a fala.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Música à alma

Num sopro a essência da alma se esvai.
Sai o som do seu amor e diz algo, quieto,
o vento que leva a alma para o deserto
perdido onde está escondido um oásis.

Nem tudo está perdido no campo seco
onde a areia é quente. A alma nem sente
as tempestades; ouvindo este presente,
o som arquétipo e também pitoresco.

A alma sente-se tocada e cheia de vida
onde o som vibra sua forma de "imatéria",
que é nossa essência primitiva e etérea.

Dos sentidos, seria a audição favorecida
pelas experiências de uma vida até antiga?
Tal nostalgia é tão forte que à alma periga.

-

Soneto rápido para quem gosta de música. :)

Acessos de raiva

Estou prestes a ter acessos
por essa vida de excessos
que deixa outros possessos
quando lêem certos versos
que lhes são um tanto inversos
e lhes correm reversos.

Acessos que me enlouquecem
e me enraivecem.

Tantos abscessos sociais numa sala só,
com tantos sucessos banais rindo sem dó.

E isso me traz acessos
por todo dia que desejo regresso
do tempo que atravesso,
mas tudo que ganho são acessos.

Nem quando me despeço
tenho no sossego um sucesso.
Só sei que este processo
não me traz nenhum progresso.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ao 123° aniversário de Fernando Pessoa

Hoje é aniversário de uma pessoa
que por destino correndo à toa
há muito tempo não é uma pessoa.

Esse tal de Fernando que um dia fora
Alberto. Tornou-se Ricardo outrora.
E também Álvaro pelo mundo afora.

Mas como será que o mítico poeta
de "poliheteronímia" seguia a reta
de múltiplas vidas como uma seta?

Tão difícil saber isto quanto decifrar
cada verso de sua autoria a recitar
por personas diferentes na luz lunar.

Saindo debaixo da nuvem num dia rural

Sempre ando à sua sombra
até que a luz me ilumine,
até que o sol me aqueça,
até que a sombra desapareça,
então sento nesse banco de vime
e descanso os pés na alfombra.

Acendo um cigarro de palha
e ouço como a plantação farfalha.

E o sol alimenta o trigo
enquanto saboreio um figo.

Ah, os simples prazeres da vida.

Sofrimento prazeroso

"Onde estavam todos nessa cidade?"

Era a pergunta repetida profundamente
      em seus questionamentos
            mundanos.
Como foi dar-se solitário ao local
      sobre qual lhes falo
            agora.

Soube da dor e queria ir embora logo.
Soube do amor e queria a dor de volta.

Esse estado de torpor e vazio é seu fiel
      E SÁDICO companheiro, mas não pode ir contra,
            pois é masoquista.
O ser humano é masoquista emocional por natureza.
Há algo na solidão que nos faz apegar à tristeza.

A pergunta ecoa: "Onde estão todos nessa cidade?"
É uma tragédia pessoal, e está feliz por sentir
      ao fundo tal calamidade.

Está sozinho, não sabe sua procedência,
      nem seu destino.

Mas sabe que sozinho gosta de estar.

Dignidade? Moral? Razão?

Falas muito de dignidade ferida,
bradando suas palavras de ordem
para que os quatro ventos soprem
ao redor de todos pela sua vida,

mas de digno cai por ser infantil
ao forçar o ridículo de atitudes
banais, que provocam a quietude
de outrem, lhe dando glórias mil.

O que lhe é digno, falta em moral.
Mas é cego assumido como uma nau
navegando em mares com nevoeiros,
atirando sem ter um alvo certeiro,

perdido em voltas, perdendo o rumo
ao ser arrogante e até intolerante.
"Adeus moral", pois diga, é oportuno
e íntegro, pelo menos no instante,

mas o ego não lhe permite tal ato
e clamando por algo chamado razão,
diz que não esquecerá antigo fato,
e os ensinamentos passados, em vão,

ficarão guardados no âmago do ser
enquanto negar a voz dizendo "cresça".
É o seu declínio que não quero ver.
Pois de tudo, e até de mim, se esqueça.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A saudade

Essa grande dor
que atinge os amantes
é consequencia do amor,
em dias distantes
um do outro,
ficando apenas
aquela saudade
curada no reencontro
até as duras penas
em qualquer idade.

Para os seres amados
a falta não fere
nem que desespere
o coração namorado.

Para aqueles que amam
não há amor egoísta,
não importa a paixão,
muito menos ponto de vista
no amor há zelo e compreensão.

E a dor da saudade
é, de todas as dores
de diversos amores
na nossa realidade,
talvez a única
que não machuca,
mas na verdade
nos traz na lembrança
um sorriso e na esperança
um pouco de felicidade.

--

Será a saudade um sentimento tão ruim assim?

terça-feira, 24 de maio de 2011

Casa minha

Se essa casa minha
é essa morada
onde minha namorada
se aninha,
então posso levar
onde eu quiser
e parar onde puder
para descansar.

Essa minha casa
não tem endereço
nem sequer preço,
mas é de uma beleza
simples e confortável
onde tudo é amável.

É como um trailer
rodando por aí...
Aqui está para abastecer
e te receber,
depois irá longe dali.

E você faz de meu lar
sua morada também.
É sempre bom receber alguém
que gosto muito de amar.

Porco truculento e covarde!

É muito fácil ser o fodão,
vestindo uma farda
e com cassetete na mão.

Quero ver gambé de merda
ser corajoso, desarmado
como um verdadeiro cidadão!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Não passo meu número de telefone. Entendeu?

Esses malditos telefones
sempre me irritam.
Toda vez que atendo
tem alguém dizendo
diversos pronomes
que não me denominam.

Penso com certo ódio
“como prefiro cartas,
emails e folhas escritas.”
O povo parece ter ócio
quando vê uma caneta,
e com folha até se espanta

Telefones me chateiam,
por isso que não passo.
Não quero que me liguem,
deixe que isso eu faço,
apenas quando preciso,
rápido, coeso e conciso.

Abro algumas exceções
a quem não me estressa.
Você, por favor, esqueça.
O número? Nem me peça.
Não quero encheções
e tenho muita pressa.

--

Conselho de vida: Quando alguém do trabalho pedir o número de seu telefone pessoal, NÃO PASSE!
Respeite seu horário de trabalho e principalmente seu horário de viver. ;)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Perdendo

Você sempre está quase perdendo,
essa é verdade sobre tudo,
é a veracidade do nosso mundo
nos mastigando.
Dominando cada ser
desde o seu ânimo mais profundo
e não há como esquecer.
Apenas seguir vivendo.
Perdendo.

Na verdade estamos SEMPRE perdendo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bússola Ambulante

Há muito, muito tempo
que não via estrelas
no céu metropolitano,
onde o forte vento
leva espessas fumaças
num ritmo insano,
mas de repente vemos
cintilar pontos no céu
limpo e brilhante
e de onde estamos
não há nenhum véu
cobrindo este instante.

Aponto para o Cruzeiro
e então no céu, traço
com o dedo, as retas
desse símbolo inteiro
marcado por pintas
no meu antebraço.
E assim posso lhe dizer
que eu tendo ao Sul
em minha essência,
em toda minha vivência,
e nesse grande mundo azul,
meu Norte é você.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Howl for no moon

I howl for no moon
in anger against the madness
which manacled the ancestors
and, silencing their voices,
made this land become weak
and the aggressors meek.

For no moon I howl,
so I prowl alone.

Shall I hear this strong voices again?
Shall I start to bark and ravaging the mentors?
Shall I be punisher and apply justice?

I am just the wolf alone in the prairie,
I'm sure that if I gather the pack,
we can blow every door,
or else I'll be another sheep
wandering through peers
and will be the wolf no more.

The howl dies silent.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

História de vidas

Eu teria dito em qualquer dia bom:
"Na velocidade que o tempo me passa
fico ultrapassado pelo presente,
muito mais atrasado para o futuro
e totalmente parado no passado"

Engraçado, pois a culpa é só minha
e já virou aquele prazer
que muitos ainda buscam,
falando,
"relembrar é viver";
que clichê...

Mas é disso que vivemos: memórias;
sem elas, que sentido há na vida?
Viver sem objetivo é algo para imortais.

E você quer ser imortal para quê?
Prefiro ser mortal
e ter o que registrar.

Então o tempo continua me passando
e mesmo assim, olho para trás,
afinal, sou mortal e é de memórias que vivo,
é para memórias de um tempo que passei que morro.

O que eu diria em qualquer dia bom
é algo que posso dizer em qualquer dia ruim
e posso repetir, mas com um adendo:
"É assim que contamos uma história,
vivendo e morrendo a cada dia."

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Subversão

Prefiro ser subversivo
em cada pé de verso
a ser manipulado
por aqueles que querem
mandar no universo

Por isso eu escrevo
sobre tudo que observo
de longe e de perto,
sobre o que incomoda
e me mantém avesso

à "mediocracia" que só dá
lavagem como alimento
cerebral à fantasia
de quem aprova excremento
para toda a porcaria.

Cada crítica é reverso
dessa grande banalidade
em nossa sociedade.
Ser subversivo em protesto
é querer mudar a realidade.

quarta-feira, 30 de março de 2011

De meio até o infinito

Em meio a esse tempo
que é meio
de um inteiro
mas não é Maio
de um ano,
é de alguém que amo.

Sei que uma história
é contada sem receio,
sem paródia,
quase uma fábula,
mas de duas pessoas
cuja metade a cada
pertence à toa
leve e solta
nunca pesada.

Uma parábola
aonde meio tende
ao infinito
ninguém entende
além de quem cito.

Juntos somos um só
e quem não é assim
sobra a dó,
pois o amor de nós dois
é sem fim,
nunca fica para depois.

Amor que dói
na ausência
e se cura
na presença
quando o meio
resta ao seio.

Só nós escrevemos
tal destino
que percorremos,
sem preocupação
com qualquer hino
ou nação.

Pois em casa
nossos corações
estão aninhados
juntos e quentes.

Essa quase fábula
que vivemos
é tão bela
e sempre recente.

É nosso meio que
tende ao infinito
por uma parábola;
é esse amor
por nós vivido
pelo mundo afora.

-

Para você, para nós dois. ;*

segunda-feira, 21 de março de 2011

Uma explicação sobre o perdão

Criança,
te ensino o que é perdão
de uma maneira fácil.
Com esperança,
nenhuma palavra será em vão
e a prática será hábil.

Perdoar
é, por qualquer coisa, não deixar
que ódio e rancor tomem
por assaltar
sua alma ao ponto de acabar
com o que por inteiro consomem.

Não é esquecer,
mas sim relevar que tal mal
foi-lhe feito e não há volta,
e compreender
que se vingar é tal qual
agir com o mal à solta.

Você suportaria este grande peso?
Carregar dentro de si algo ruim
pode te trazer um triste fim,
e sentir, por outros, desprezo
não te fará aparecer, nem crescer,
apenas fará sua vida apodrecer.

Por perdão,
entenda que é algo nobre,
deixar passar certas mágoas,
e talvez então,
uma gota de bondade lhe sobre,
e assim, o seu rio desagua.

E o ego
não pode ser exacerbado
neste processo de cura.
É um desapego
pelo orgulho exagerado
e assim torna a alma pura.

Num ensejo,
é poder, mesmo sem reconciliar,
seguindo cada um sua direção,
dizer sincero o desejo
de que o outro passe a vivenciar
uma boa vida, de coração.

Não é questão de mérito,
é apenas humanidade.
Quem ganha ou perde,
o que é justo ou injusto,
não tem vez no perdão;
apenas seja de bem no coração.

Entendeu?

Seja Livre

Seja livre.
Seja livre no pensamento;
seja livre na sua vontade;
seja livre no firmamento;
seja livre na verdade.

Se alguém tentar lhe podar,
mostre-se livre de limite,
mesmo assim, alguém insiste;
jogue fora a maldade.

Ninguém pode te controlar,
nem lhe dizer o que fazer,
muito menos qualquer dever;
fique com a bondade.

Seja livre antes que seja tarde.
Seja livre de verdade.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sláinte!

E sobe ladeira
e desce ladeira
e sobe ladeira
e desce ladeira,
não que eu queira
fazer isso
nessa quinta-feira,
mas é necessário
no tal dia
de São Patrício,
e sigo na via
para encontrar,
sentados nas cadeiras,
todas de madeira,
meus amigos,
me chamando para brindar,
unidos
nessa festa cervejeira.

Nenhum barulho foi maior
que o nosso,
então posso
dizer que não conheço
quem teve festa melhor;
já era sexta-feira
quando resolvi voltar,
subindo ladeira,
descendo ladeira,
até minha casa,
depois da bebedeira.

Aos meus amigos,
irmãos perdidos,
bêbados unidos,
doidos varridos:
SAÚDE!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Dilêma em solo de improviso

Metade direita sabe
que certa parte me cabe
tal capítulo da vida,
onde rasga-se, ferida.

Metade esquerda sente
asco de tal babaquice,
que indefinidamente
sem um sentido, agisse.

Excessos malditos assim
corrompem qualquer pobre ser
que não sabe qual é seu fim.

Reconheci meu controle
nas minhas mãos; no meu poder,
asseguro que se sole.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ego cego

Lembro que ele me dizia
que tinha razão
sobre todas coisas
e sobre o que é em vão.

Era conhecedor da maioria
e com propriedade
falava sobre outras
coisas, com integridade.

Mas como pode ser íntegro
se está corrompido?
Não pensa livremente
e está um tanto perdido.

De que adianta este logro
no ego por tal razão?
É pífio e decadente,
limitado em sua questão.

De tão inflado, esse ego,
nunca se dava por errado.
Assim sempre achava
que "falou e está falado".

Punha na madeira o prego
para fixar o que dizia.
No fundo, ele inventava,
pois, no fundo, nada sabia.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Um tema e um trem

I:

Estive andando nas ruas e não ouvi,
também olhei para os lados e não vi,
e agora chego e nada tem.
Fico então preocupado e procurando,
sem saber o quê, onde e quando.

Não sei nem quando isso começou,
só que agora faz parte do que sou.
Não escolheu lugar, foi de repente
e de todos os vazios, é diferente,
pois preenche sem dizer o que é.

Então fica palpável que seja algo
fora da realidade. Me sentindo alto,
percebo que é mais uma ilusão
e que as vezes ando na contra-mão.


II:

Quando dou por mim e me desperto,
me encontro sentado nesse banco,
numa estação conhecida, esperando.
Talvez passe um trem, estou incerto.

Chega o trem sem fazer sua fumaça,
sem queimar diesel no trilho fino.
Para onde vai, diz ser sem destino,
sem parar pelas estações que passa.

O trem segue viagem para algum lugar
e eu fico sentado, pensando...
Esperando...
Onde isso vai parar?
Em algum lugar, não sei onde e quando.
Não sei nem mais, nem menos o porquê.


III:

O que não ouvi e o que não vi
são chamados que não entendi
e nem vou procurar entender.

Pois esse trem é minha vida
e ele passa por tantas vidas
que não ouvi e nem vou ver.

Segue rápido por noite e dia
e eu devo sentir a alegria
de poder seguir e viver
sem me preocupar porquê.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um pote

Pois é, assim mesmo digo que acabou,
no pote não tem nada,
sequer um resquício sobrou.
Está vazio, a borda quebrada
e a tampa sumiu.

Como pode dizer algo se nem entende
que o que tinha no pote
acabou e não volta?
Consumiu o que via enfrente
e agora tem revolta?

Por isso que não me apego ao fugaz,
é fútil e quando acaba,
nada de bom nos traz
além do que é momentâneo,
e depois deixa-nos o nada.

Tudo acaba, como acabou o que tinha
nesse pote que você aninha
em seus braços, enquanto
assiste ao meu desapego
por ti, que já é um bom tanto.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Valentina's Day

Hoje é dia dos namorados (Valentine's day) lá na gringa.

E por que não no mundo?

Em teoria, um cupido sai atirando flechas por aí, mas sempre acerta alguém.

No meu caso sou vítima da admiração pela Valentina, e entendo o que Guido estava dizendo ao mostrá-la, entendo o que poucos levam a importância, a metalinguagem de sua criação, onde até o criador foi dominado por sua Srta. Rosselli. Ah, pobre Crepax. Dominado, ele fez escola; tanto ele como Serpieri se tornam instrumentos de divulgação de suas crias e elas não os deixam nunca mais, se tornando maiores que seus deuses. São retratos de mulheres e suas conquistas da idade contemporânea e suas revoluções. E quem não gosta de uma mulher inteligente, dona de si, que sabe o que quer? Não estou falando de mulheres cujo comportamento são como de um homem, e faz de tudo para ser a parte masculina da relação, enquanto o homem se submete a esse perfil patético de inversão de papéis, ninguém é dono de ninguém, simples assim. Qual é o lance de Crepax e Serpieri, e não esquecendo, Manara? Eles abusam até da perversão, mas é aí que a coisa toda se encaixa, para mostrar a liberdade, usa-se o choque. Chocar o leitor era a maneira destes destacarem a admiração que eles tem por mulheres, no caso de Crepax, no fetiche sado-masoquista, no caso de Serpieri, com criaturas de outro planeta, robôs, etc. Manara, simplesmente abusa da história e até de costumes tão infestados de pudor pela sociedade, e em todas as figuras se mostra uma coisa, a mulher e seu prazer em participar de tudo isto. Nesse ponto uns podem pensar que é doentio, mas não entendem o choque cultural, eles representam que as mulheres tem sua própria sexualidade, as vezes em excesso, ou mesmo que pouca, e não tão pornográficas, hetero ou homossexuais, não importa, a mulher retratada por eles é alguém livre de amarras e com vontade própria, seja do lado mais casto ao mais vulgar. São as mulheres de fumetti, são as bem decididas, que simplesmente apertam a tecla "FODA-SE" para as pessoas que tentam lhe dizer o que devem fazer ou não, o que é melhor ou não, que simplesmente mandam à merda situações com um cara de quem não estão afim, mandam à merda os amigos que querem desencalhar uns perdidos com elas, pagam a conta quando querem, e te fazem pagar quando bem entenderem (mas sempre tenha o primeiro movimento, senão a fila anda...) e procuram se desenvolver, viver a vida da maneira que bem entenderem, se relacionar com quem gostam, são inteligentes e ótima companhia. Mexem com o imaginário masculino.

Quem disse que história em quadrinhos é coisa de criança?


Portanto nesse Valentine's Day, eu fico pensando na Valentina, não a de Crepax, mas na minha, melhor dizendo, na que me acompanha, pois não sou dono dela, nem ela dona de mim, mas por todos os outros sentidos, parafraseando um ditado "é minha dama de dia, e minha louca de noite". Minha amada Valentina.

Castelo

Dizem que ele está lá no alto,
protegido de tudo,
mas você vê apenas uma casa
no nível do asfalto
e não sabe mais
se está vivendo a realidade.

Não adianta consultar oráculo,
não vai te explicar
seria isso a nossa cova rasa
vista por binóculo,
ou nos deixamos
dominar pelos controladores?

Ele não consegue te entender
pois escreveu antes
o que pode ser real agora.
Talvez sem perceber
vivemos o que eles
querem sem sequer questionar.

Alienação superior e poderosa
ou apenas paranóia?
Essa resposta está perdida
na massa nebulosa
da mente inquieta
que agora quer atormentar.

Não vai ter nenhuma sabedoria
que vai esconder
o fato, agora que procuram
a resposta todo dia.
Chegou a nossa hora
de acabar com a distopia.

--

Valeu PKD!

Epicondilite

Ter epicondilite deve ser uma merda,
ainda bem que nunca passei por isso,
por mais que a articulação estale,
mas conheço quem tem, na certa,
não fala por vergonha e deixa omisso
e acha ruim que alguém lhe fale.

Até existe tratamento específico
mas tem medo de qualquer tipo de médico
insiste em ficar com esse problema,
mas de que adianta, não é o meu físico,
já dei a dica, e olha que sou cético,
mas essa pessoa gosta de fazer cena...

Penso como é bom, dos males, não tê-lo,
nessa vida já se tem muita desavença
e tenho sorte de ser um tanto saudável.
Então fique aí com sua dor de cotovelo,
já que não resolve cuidar de sua doença,
pelo menos torne sua vida passável.

E não venha me falar de seus problemas
pois já tenho os meus para me preocupar.
Não elabore cenas de filmes de cinema,
não sou ator e de graça nem vou tentar.
Vá ao médico fazer uma consulta, entenda,
ele é bem mais indicado para te ajudar.

--

Se você tem problema consigo mesmo, saiba lidar com ele sozinho.
Capisce?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma só

Cedem os fios
que conectam, finos,
a existência lúdica
solta em essência,
única revolta
dessa escuridão.
Como fibras podem
comandar, o ânimo
participa e convém,
uma depressão;
uma preocupação
e o fim da paciência.
Como uma emoção
tão fria e vulnerável
contagia?
Ah, saúde deplorável...
O fim da vida é sua
decadência.
A vida sempre acaba nua.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Minha Flora

A minha alegria está em ver as árvores,
seja na chuva ou no sol; eu as vejo balançar
nas terras esquecidas onde não interferem
ao balanço natural da luz, sombra e flores.

A minha vontade é de poder lhe contar
coisas que só minha mente pode sonhar
e que só você possa, com atenção, ouvir
as palavras que eu venha a proferir.

Você, minha raiz de realidade que nem plantei,
me dá o melhor dos dois mundos de graça;
eu toco a sua folhagem e respiro seu ar,
então eu cuido para que fique como sonhei.

Mas seria esse sonho de cuidar de você
uma realidade do meu dia à dia ao seu lado
ou seria um sonho de um fato não consumado,
fico na dúvida se é real ou algo sonhado.

Minha floresta de sombra, vento e luz clara,
quando chove fica fresca, no sol quente e rara;
nas terras onde você balança sua folhagem
falo com as plantas e cuido dessa nossa alegria.

Seja qual for a estação, sinto sua magia,
Se misturando na luz da lua ou no calor do dia.

--

Não preciso explicar, seu nome está lá.

Sina Insana

Encarava como uma sina
essa situação um tanto insana
porque virou a década
já faz tempo que o milênio
começou a rodar no calendário
e muitos são seguidores do fluxo
e não pensam, deixam isso para um gênio
outros ficam de fora
seguem com sua vida cada
tentando ser diferentes
e se comportam da mesma maneira
e o ser humano continua um babaca
se não está feliz
está triste
se não se contradiz
diz o que outro disse
não tem personalidade
tão pouco verdadeira individualidade
e aquilo que julga necessário
dá moral para mais um falsário
e até quando ficará assim?
É uma sina insana.

domingo, 2 de janeiro de 2011

2011

Atrasado, eu sei, mas não venho para fazer retrospectiva, isso a rede Globo já faz, eficientemente. Não venho falar nada do que aconteceu comigo, esse blog não tem função de ser um diário, é no máximo um veículo para minhas loucuras e causos que gosto de escrever de vez em nunca.

Venho apenas desejar um ano cheio de felicidade, saúde, amor, sucesso e paz para todos.
E para a mulher que me acompanha (que acompanho também, oras!) para lá e para cá, todo o meu amor, como te dou desde o primeiro dia juntos. ;*

Obrigado e tenham um ótimo 2011!
Tudo de bom! :D